Ao se acidentar no emprego, o funcionário foi enviado, pela empregadora, de táxi ao hospital. Por causa disso, ele recorreu à Justiça e pediu indenização por danos morais. A empresa, ao se defender, apresentou justificativa que foi considerada válida pela juíza do caso.Leia mais notícias da Justiça do Trabalho q2l4n
O trabalhador transportava uma mesa de tênis, que escorregou e caiu sobre seu pé, fraturando-o. À Justiça, afirmou que a empresa chamou um táxi e o mandou para o hospital, desacompanhado.
A empresa confirmou o uso do táxi, mas não da forma como mencionado pelo então funcionário. Afirmou que quando há acidente, o funcionário a por avaliação médica e o profissional avalia se necessita de ambulância avançada.
Quando não há necessidade da ambulância, recorre a um táxi fretado para dar mais conforto ao funcionário e agilidade no transporte. Sobre o fato de o trabalhador ser transportado desacompanhado, descreveu que o médico da empresa constatou não haver necessidade de acompanhamento e que a família também é comunicada para ir ao hospital. “O táxi aguarda o final do atendimento e leva todos para casa”, concluiu.
A ação tramitou na 1ª Vara do Trabalho de Camaçari (BA) e foi julgada no dia 9 deste mês pela juíza Andréa Barbosa Mariani da Silveira Ludwig, que acolheu a tese da empresa.
De acordo com a magistrada, não estando o funcionário desacordado, nem sendo a lesão de alta complexidade ou gravidade, não é impossível que a empresa envie o trabalhador ao hospital de táxi para o pronto-atendimento, sem necessariamente embarcar outro adulto, além do próprio reclamante acidentado.
Com a improcedência do pedido, o trabalhador pode contestar a sentença.
Foto: Pixabay
Denis Martins é jornalista, escreve para o Diário de Justiça e integra a equipe do podcast “Entendi Direito”. Formado em jornalismo, atuou em jornal diário. Também prestou serviços de comunicação em assessoria, textos para revistas e produção de conteúdo para redes sociais.
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